É de emergência a situação do distrito de Calama, no Baixo Madeira, em Porto Velho, de acordo com a Defesa Civil da capital. As fortes correntezas do fundo do rio fazem com que o desbarrancamento ocorra de baixo para cima, expondo a população a um risco maior e invisível, segundo o órgão. Uma área de pelo menos cinco metros a partir da margem do desbarrancamento deve ser interditada nos próximos dias como medida de segurança. A Defesa Civil Nacional foi acionada.
Conhecido como “terras caídas”, o fenômeno de erosão fluvial é comum na região amazônica. O que agrava a situação no distrito, como explica o coordenador da Defesa Civil, coronel José Pimentel, é que com o desbarrancamento acontecendo desta forma, faz com que alguns trechos fiquem com uma camada superior mais fina, sujeito a desmoronamento. “Não tem como saber até que ponto é seguro para quem transita pela área”, explica o coordenar do órgão, coronel José Pimentel.
Desta forma, não há como controlar o avanço da erosão, segundo o coronel Pimentel. Devido a gravidade do problema, a Defesa Civil nacional foi acionada e técnicos devem ser enviados nos próximos dias para estudar uma solução para a comunidade de Calama, informou a coordenação local do órgão. “Não podemos deixar que esse patrimônio se perca e retirar os moradores não vai resolver o problema”, afirma Pimentel.
Em vistoria técnica realizada no final de semana, foi constatada que uma faixa de pelo menos 400 metros está comprometida, tendo como o ponto mais grave a região central do distrito.
O distrito de cerca de seis mil habitantes está localizado a 90 quilômetros de Porto Velho.
Em entrevista ao G1 na quinta-feira (21), a administradora do distrito, Priscilla Pantoja, relatou que pelo menos dois comerciantes já tiveram os estabelecimentos afetados.Segundo ela, no mesmo período do ano passado chegou a ser decretado estado de calamidade no distrito, mas que nenhuma solução para a situação chegou a ser apresentada.
Vanessa VasconcelosDo G1 RO
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