sábado, 14 de março de 2009

Ibama apreende mais de 18 mil animais no Amazonas em 2008

Apreensões incluem espécies raras como onças e falcão-peregrino. Muitos dos animais são soltos imediatamente.
Do Globo Amazônia, em São Paulo
A superintendência do Ibama no Amazonas publicou esta semana um balanço de suas atividades segundo o qual, ao todo, foram apreendidos pelo órgão federal 18.087 animais no estado em 2008. Muitos dos animais apreendidos, informa o Ibama, são soltos no próprio local da apreensão, quando as condições permitem. Tartarugas, por exemplo, comumente são apreendidas em embarcações nos rios onde foram capturadas e soltas imediatamente.


Gavião-real que passou pelo centro de triagem do Ibama em Manaus em 2008. (Foto: Robson Czaban/Ibama)
Foi registrada a entrada de 464 animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus. Eles chegaram por meio de entregas espontâneas, apreensões e resgates realizados pelo Ibama ou instituições parceiras, como a Polícia Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Manaus, o Exército e prefeituras do interior.

Dentre os animais que passaram pelo Cetas em 2008, há espécies ameaçadas de extinção, como, por exemplo, o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), a onça-pintada (Panthera onca), a onça-parda (Puma concolor), o peixe-boi (Trichechus inunguis) e o falcão-peregrino (Falco peregrinus).



De aparência exótica, a tartaruga mata-mata também foi parar no centro do Ibama em Manaus. (Foto: João Alfredo Mota/Ibama)
Ao todo foram aplicados 1.007 autos de infração ligados a irregularidades contra a flora e a fauna no Amazonas no ano passado, incluindo todos os tipos de poluição ou degradação do meio ambiente. São mais de R$ 521,4 milhões em multas. O estado do Amazonas tem 62 municípios e em 49 deles foi registrado algum tipo de sanção administrativa aplicada pelo Ibama. Manaus foi o município com maior número das multas aplicadas, seguido de Lábrea, Tefé, Parintins e Novo Airão. A maior parte das multas aplicadas no ano passado é ligada à utilização ilegal de recursos florestais.

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